experimento a incontenção de te sentir
as 25 milhões de vezes deste dia.
já lá
te projecto
talvez seja de trazermos
um outro futuro de se esfregar
ou porque os sons que reproduzimos ainda ecoam
nos recantos
o quarto. esse cubículo de amar
as partes
de cantá-las na voz
dos amantes impiedosos,
de alargá-las nas
convexo das nossas línguas.
no quart(z)o reflector do nosso tempo uno.
lenta literatura que expelimos
pelas línguas famintas e cansadas.
o quarto cinemático e da terra
por onde rebolam os sonhos
que carregamos aos ombros,
é o mesmo que nos nossos ombros
rebola os sonhos que carregamos,
e ainda o que carrega os sonhos aos ombros
do que se rebola num cinema nOVO.
tarde solarenga, 25 de abril de 2008. no traço da casa saudosista do futuro, com João César Monteiro, em "Le bassin de John Wayne".