havia neles uma certa liberdade
que rareia pelo excesso, e ele
via nisso a oportunidade de
fazer coexistir o amor com a
sua obra de aprimorar no
rodar persistente dos anos.
e os seus olhos não deixavam
de recriar cenários do encontro.
e ele sabia que esse excesso seria
expelido na (IN)contenção do traço,
que era também palavra e outras coisas
indecifráveis – projecto insuspeito
e demasiado encrostado para se desvanecer.
abertas as asas, voava. Mantinha no olhar
essa característica nómada de partilhar
o que tinha e de nem sempre saber como.
interessava-lhe pouco a razão das coisas,
apesar de racionalizar com alguma exactidão
os contras da emoção em excesso.
e levava ainda e sempre essa mesma propensão
para as mil coisas que arrastava consigo,
e desconfiava abertamente ser-lhe impossível
abdicar de uma que fosse, ou mesmo levá-la
a algum tipo de aperfeiçoamento rigoroso.
valendo-se da sua característica inata
de sentir as coisas; de não balizar a
M E T A F Í S I C A.
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