a falta de assento é propositada.
um corpo. um copo. um corpo liquido no reboliço
de tudo o que seca. uma mão demasiado acesa
para escrever memórias. e algum fumo. algum fogo.
algum fado. digo: fodasse para o fado. e para o fogo.
e para o fumo. fodasse porque fodasse é forte e
apetecem-me coisas fortes. e mais ainda porque
às vezes ( e não tão poucas!!!) as máscaras cansam.
revolto à frase chave: "uma mão demasiado acesa
para escrever memórias". mas sei que há uma outra
que é dada a comodismos e não arrisca. sendo que eu,
movimento entre elas, vou-me desacomodando a gestos
rotineiros e esbracejo como posso.
(...)
por momentos pensei que a imagem havia-me
esmagado a palavra. constacto que isso foi só
uma outra insegurança momentânea.
esmagado a palavra. constacto que isso foi só
uma outra insegurança momentânea.
rea(c)to a palavra.
levo junto a imagem
e continuo nómada dessa simbiose.
e sou tAnto música.
não resisto. um portento: "o carteiro de pablo neruda" ( Il Postino) de Michael Radford. Massimo Troisi e Philippe Noiret. dupla de um INqualificável "Cinema Paradiso" mas de volta a Il postino -
o mestre pablo pronuncia-lhe a palavra metáfora. ele pergunta-lhe numa inocência irresistível qual o seu significado. e já tinha feito tantas!!!